Proposta #2: escrever uma carta para minha Paixão.
(Acredito que a inspiração desta aparecerá em outras propostas, com outras abordagens, mas vou focar inteiramente nesta, aqui e agora).
(*** Eu comecei a escrever essa carta de um jeito diferente, mas acho que de outra maneira faz mais sentido)
Mô,
Sim, é assim que eu gosto de chamar o cara que eu amo. Mô.
Eu gosto de deitar na perna dele, enquanto ele faz qualquer coisa: vê tv, olha o telefone, dorme. Eu gosto de deitar no colo dele. E amo quando ele deita no meu.
O cara que eu amo não é "do mesmo planeta" que eu: ele veio de outro Estado. De outro tipo de lugar, de gente, de temperatura: ele não sente frio quando eu tô me tremendo toda; ele bebe uns chás de mato que eu até gosto, e ele fala bonito e diferente das pessoas "do meu planeta". Fora essas questões físicas e culturais, emocionalmente ele às vezes também parece ter vindo de outro planeta. Calado, mas expressivo. Não grita nunca, não sai do sério. É ansioso e eu não sei o que ele faz pra se manter tão de boa com as coisas.
Quando eu o conheci, eu fazia a maior questão de estar perto dele. Apenas para estar. Por quê?
Porque eu gosto de ver como ele se mexe, como ele fala. O cheiro dele é uma delícia. O olhar dele é bonito, e não é só quando ele olha pra mim: quando ele olha pra qualquer coisa. É bonito de ver como ele dá o primeiro trago no cigarro, ou como ele veste o casaco. E eu fui querendo cada vez mais estar em sua companhia. Não tenho medo de dizer que sei que ele também quis estar perto de mim, e isso me deixa extremamente feliz.
O que mudou de quando o conheci pra cá? A vontade de estar perto. Mudou; mudou completamente.
A vontade de estar perto passou do nível "me faz bem ver essa coisa bonita" para "me faz falta essa beleza todo dia". E daí, nós conseguimos, juntos, ter o tempo como amigo, pra podermos dividir outros momentos; acordar cedo é bom, porque dá tempo de olhar de pertinho e encher de beijos; desamarrar o cadarço é bom, porque eu posso apoia-lo com as mãos; passar um dia longo no trabalho é bom, porque eu volto pra um lugar que não é mais meu. É nosso.
Se não bastasse tudo isso, devido a todo o prazer que eu sinto ao recebê-lo, de qualquer maneira que ele decida me preencher (sexy sem ser vulgar), em breve receberemos um presentinho chamado Vicente, nosso filho, nosso bebezinho, um pedacinho de cada um de nós que terá um pouquinho dos dois, e mais um tantão que ele mesmo vai construir durante os anos. Agora, além de eu me sentir absoluta e fantástica na presença dele, eu carrego alguém dentro de mim que já demonstra sentir o mesmo, que já se aconchega na mãozinha quentinha do pai quando toca a barriga.
O cara por quem eu sou apaixonada é um filho Bom, é um irmão bacana, é um profissional absurdamente capaz, é um Homem Lindo; ele tem defeitos e esquisitices e ronca. Bem alto, às vezes.
Tudo permanece interligado e tudo compõe quem ele é; menos um pedaço, e talvez não fosse exatamente a pessoa que eu amo.
(Eu desejo que ele seja tão feliz perto de mim como eu sou perto dele).
***(Hey, você que eu amo: obrigada por ser exatamente do jeito que você é).
(Acredito que a inspiração desta aparecerá em outras propostas, com outras abordagens, mas vou focar inteiramente nesta, aqui e agora).
(*** Eu comecei a escrever essa carta de um jeito diferente, mas acho que de outra maneira faz mais sentido)
Mô,
Sim, é assim que eu gosto de chamar o cara que eu amo. Mô.
Eu gosto de deitar na perna dele, enquanto ele faz qualquer coisa: vê tv, olha o telefone, dorme. Eu gosto de deitar no colo dele. E amo quando ele deita no meu.
O cara que eu amo não é "do mesmo planeta" que eu: ele veio de outro Estado. De outro tipo de lugar, de gente, de temperatura: ele não sente frio quando eu tô me tremendo toda; ele bebe uns chás de mato que eu até gosto, e ele fala bonito e diferente das pessoas "do meu planeta". Fora essas questões físicas e culturais, emocionalmente ele às vezes também parece ter vindo de outro planeta. Calado, mas expressivo. Não grita nunca, não sai do sério. É ansioso e eu não sei o que ele faz pra se manter tão de boa com as coisas.
Quando eu o conheci, eu fazia a maior questão de estar perto dele. Apenas para estar. Por quê?
Porque eu gosto de ver como ele se mexe, como ele fala. O cheiro dele é uma delícia. O olhar dele é bonito, e não é só quando ele olha pra mim: quando ele olha pra qualquer coisa. É bonito de ver como ele dá o primeiro trago no cigarro, ou como ele veste o casaco. E eu fui querendo cada vez mais estar em sua companhia. Não tenho medo de dizer que sei que ele também quis estar perto de mim, e isso me deixa extremamente feliz.
O que mudou de quando o conheci pra cá? A vontade de estar perto. Mudou; mudou completamente.
A vontade de estar perto passou do nível "me faz bem ver essa coisa bonita" para "me faz falta essa beleza todo dia". E daí, nós conseguimos, juntos, ter o tempo como amigo, pra podermos dividir outros momentos; acordar cedo é bom, porque dá tempo de olhar de pertinho e encher de beijos; desamarrar o cadarço é bom, porque eu posso apoia-lo com as mãos; passar um dia longo no trabalho é bom, porque eu volto pra um lugar que não é mais meu. É nosso.
Se não bastasse tudo isso, devido a todo o prazer que eu sinto ao recebê-lo, de qualquer maneira que ele decida me preencher (sexy sem ser vulgar), em breve receberemos um presentinho chamado Vicente, nosso filho, nosso bebezinho, um pedacinho de cada um de nós que terá um pouquinho dos dois, e mais um tantão que ele mesmo vai construir durante os anos. Agora, além de eu me sentir absoluta e fantástica na presença dele, eu carrego alguém dentro de mim que já demonstra sentir o mesmo, que já se aconchega na mãozinha quentinha do pai quando toca a barriga.
O cara por quem eu sou apaixonada é um filho Bom, é um irmão bacana, é um profissional absurdamente capaz, é um Homem Lindo; ele tem defeitos e esquisitices e ronca. Bem alto, às vezes.
Tudo permanece interligado e tudo compõe quem ele é; menos um pedaço, e talvez não fosse exatamente a pessoa que eu amo.
(Eu desejo que ele seja tão feliz perto de mim como eu sou perto dele).
***(Hey, você que eu amo: obrigada por ser exatamente do jeito que você é).
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